Vamos supor que, em uma situação
formal de comunicação, você precisasse ler um texto e nele encontrasse as
seguintes palavras, já corretamente
acentuadas:
1 - pudica (pessoa recatada,
tímida, envergonhada);
2 - boêmia (vida alegre e
despreocupada, vadiagem);
3 - condor (tipo de águia da
Cordilheira dos Andes);
4 - gratuito (que não exige
pagamento);
5 - misantropo (pessoa que sente
aversão à convivência com outras pessoas);
6 - órix (antílope
africano, grande e forte, de pelagem cinzenta ou acastanhada, com chifres
longos, cilíndricos e quase verticais);
7 - carijo (armação de varas,
onde são dispostos os ramos da erva-mate para secagem);
8 – Nobel (Alfred
Nobel - fundador do Prêmio Nobel desde 1901).
Certamente você teve mais
segurança ao pronunciar as palavras 2 e 6, porque se orientou pela presença do
acento gráfico; mas, nas outras palavras, que não são acentuadas, você precisou
“pensar” um pouco.
Quando a palavra não tem acento,
como saber qual é sua sílaba tônica? Para analisar essa possibilidade, vamos
considerar outra palavra, já adequada quanto à acentuação gráfica.
Tule – tipo de tecido fino, geralmente de seda.
Embora seja uma palavra pouco
comum, é bem provável que você a tenha pronunciado corretamente: “tule” (paroxítona). Para pronunciá-la
assim, você utilizou uma informação que já tem sobre a acentuação das palavras:
para ler como oxítona uma palavra terminada em –e, ela precisa apresentar
acento gráfico (ex.: café, jacaré, etc). Como tule não tem acento, ela não é
oxítona: então só pode ser paroxítona.
A acentuação gráfica tem uma
finalidade prática: orientar o leitor quanto à pronúncia correta das palavras
que lê. Tanto a presença do acento (nas palavras que o exigem) quanto sua
ausência (nas palavras que não o admitem) são fundamentais para indicar a
pronúncia.
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